sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Teoria do Conhecimento.

Teoria do conhecimento é um ramo da filosofia que trata de como podemos saber, de que consiste o conhecimento, ele é válido, se for quais são os critérios que o validam, etc... 



As primeiras teorias do conhecimento vieram dos gregos antigos, como a de Demócrito, Platão e Aristóteles. 


Essas teorias na maioria das vezes naturalizavam o conhecimento o transformando em uma "coisa", algo em separado do conhecedor, que ele possui em algum lugar - a mente. 



Existiram também teorias que instrumentalizaram o conhecimento, o transformando em algo a ser usado pelo seu "portador".

Frases do tipo:

- Esse conhecimento é meu.
- Eu produzi esse conhecimento. 
- Estou absorvendo o conhecimento.

Dentre outras são remanescentes em nossa linguagem popular dessas filosofias "coisificadoras". 


Porem no sec. XIX surgiu um filósofo que começou um processo de desconstrução dessas entidades abstratas e seu nome foi Ernst Mach.

Em sua teoria do conhecimento Mach dizia que o conhecimento era nada mais que comportamento, que era selecionado pela sua eficácia em economizar recursos do organismo para dominar seu meio-ambiente. 

Outros filósofos vieram depois dele desconstruir os conceitos entendidos até então como entidades atômicas, em seus processos simples. 

Outro grande filosofo deste ramo foi Ludwig Wittgenstein, o mesmo afirmava que o conhecer era uma forma de vida, e todo conhecimento dependia da linguagem, sendo essa entendida em seus jogos e não como entidade a parte do falar. 

B. F. Skinner principalmente com seu livro Comportamento Verbal desmonta ainda mais o que ele chama de mentalísmo, diz ser o conhecimento um conceito sem praticidade, abstrato, que esse é inferido do comportamento eficaz de um organismo (humano) em determinado contexto:

Dizemos que alguém "sabe" dirigir quando a vemos dirigir em diversos contextos, e os teóricos tendem a atribuir essa eficácia preenchendo o tempo entre a aprendizagem e a efetuação com uma entidade abstrata dentro da cabeça do individuo, o que não faz sentido, por ser uma explicação circular.

- Dizemos que uma pessoa fez porque sabe, mas o único indicio que temos para afirmar que alguém sabe é vê-la fazendo.

Desmancha-se assim o fantasma interno chamado conhecimento que habitava em outro fantasma chamado mente, e pode-se finalmente construir um programa de ensino realmente eficaz para ensinar comportamentos operantes antes classificados de forma grosseira como conhecimento. 

Desta forma podemos concluir que:

Conhecimento não é uma coisa que se possui,

Mas sim a abstração grosseira de:

1) O comportamento eficaz de um organismo em um contexto, e como ele se repete em um espaço extenso de tempo.

2) E o conjunto de produtos desse responder que servem de regras para a eficácia de próximos responderes seus e de outros que vierem a ser controlados por elas.

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